Um Técnico foi visitar uma filial da empresa onde trabalhava.
No dia seguinte recebe no seu telemóvel uma mensagem do chefe com a seguinte palavra: PORRA.
De imediato o Técnico respondeu à Gerência da empresa com um
e-mail enviado do seu telemóvel: FODASE.
De regresso à sede em Lisboa foi de imediato chamado à Administração onde lhe disseram com ar de poucos amigos:
- Você tinha a obrigação de saber que estamos em época de contenção de despesas e que o "PORRA" queria apenas significar abreviadamente: "Por Obséquio Remeter Relatório Atrasado".
O Técnico respondeu:
- Sei de tudo isso e é exactamente dentro desse espirito que informei de imediato a Gerência que: "Foi Ontem Despachado Amanhã Será Entregue".
sexta-feira, agosto 26, 2005
METROSSEXUAL
Chorei e sofri por oito dias. Pois, meu marido corria perigo de vida.
Mas não vou enganar ninguém, dizendo que não sorri; aliás, que não ri, ou,
para piorar, que não dei umas boas gargalhadas.
Será que sou maluca?
Bem, meu marido foi atendido e socorrido por um médico aparentemente
metrossexual.
Sabem o que é um metrossexual?
É um novo tipo de homem das grandes metrópoles. Não é exatamente gay (pode
até ser gay, mas nunca bicha louca), nem é machão (odeiam o machismo).
Apreciadores de mulheres, porém não desgostam de homens. Cultuam a beleza e
o prazer.
Curtem se depilar, fazer sobrancelha, usar t-shirts apertadinhas, calças de
cintura baixa, roupas de grifes famosas. Extremamente vaidosos com os
cabelos, unhas e tudo mais. Questão de estilo no vestir, no pensar, no agir.
Pois é, o cara que salvou a vida do meu marido faz bem esse tipo.
Não era para eu ter reparado, né? Tinha que ter ficado ligada direto na
possibilidade da morte. Afinal, o sofrimento foi feito para superar o riso.
Bem, o doutor metrossexual é um mestre em sua profissão, um puta
cardiologista e elegantérrimo (elegantíssimo é coisa de macho).
Soube tomar todas as iniciativas nas horas certas, foi perfeito em sua
intervenção.
Eu? Olhei em princípio com cautela, quase desconfiança, aquele homem tão
novo e tão vaidoso. Confesso que pensei: “Tu é gay, tu é gay que eu sei.”
Ele, após ter colocado meu marido na UTI, chamou-me para conversar.
Desabei na hora. “Chorei, chorei até ficar com dó de mim!” Eu e ele ficamos
com dó da Rosa. Como o plantão estava para terminar, ele resolveu ficar mais
um pouco.
Ele, calmo e cheiroso; eu, estressada e sem tomar banho.
Conversamos muito e muito. Sobre doenças cardíacas, sobre doenças da alma.
Nos despedimos com um abraço. Meu anjo da guarda, talvez. Assim decretei e a
ele participei.
No dia seguinte, quando voltei, esperei que ele chegasse e tive a sensação
de reencontrar um amigo já íntimo. Anoitecia e o plantão dele seria noturno.
Novamente começamos a bater papo, sobre mentes e corações, com leves
interrupções da rotina hospitalar.
Minhas unhas ruídas, as dele polidas. Eu não conseguia falar baixinho, quase
gritava, ele apenas sussurrava. Ele sorria, eu chorava. Ele comia, eu
jejuava.
Kadu (apelido dele) foi meu companheiro nesta jornada de oito dias que hoje
parecem oito anos.
E fomos almoçar juntos para ver se eu engolia algo. Tomamos mil cafezinhos,
falamos de moda, violência, música, cinema, estresse. Tínhamos ídolos em
comum: Al Pacino, Ghandi, Chico Buarque. Todos na nossa lista. Sonhos
parecidos, vícios semelhantes. Nós dois tomamos frontal; nós dois torcemos
pelos bandidos num monte de filmes; nós dois choramos pra burro em
“Sociedade dos Poetas Mortos”; nós dois somos loucos pelo George Harrison.
No último dia da UTI, sabíamos que nossa intimidade acabaria ali. Coisas de
confessionário. Amigos de viagem, que juram eternidade e partem de nossas
vidas sem despedidas. Um tchau, a gente se vê por aí...
Mundos diferentes em almas semelhantes. Desejos parecidos em corpos
diferentes, uma década nos separando nas vivências. Eu com histórias
sofridas, ele com histórias a sofrer.
Comparsas por uma semana no tal jogo da vida. Saímos vitoriosos.
Último cafezinho confidente. Pergunto a ele de repente:
— Você é gay?
— Aparento?
— Um pouco, de tão belo, arrumado e sensível. Meu preconceito induziu-me a
concluir.
— Sentiu o quê?
— Que sou babaca.
— Babaca é o discurso machista que molda os comportamentos entre os sexos.
— Elegante, intuitivo, emotivo e bonito. Pode parar!
— Vai se apaixonar?
— Se já não fosse, sim.
— Ia perder seu tempo.
— Sou feia?
— Não
— Chata?
— Não.
— Então?
— Anjos não têm sexo, mas um “Alberto” me faz quebrar a regra.
— Seja feliz, promete?
— Seremos, prometemos?
(Rosa Pena)
Mas não vou enganar ninguém, dizendo que não sorri; aliás, que não ri, ou,
para piorar, que não dei umas boas gargalhadas.
Será que sou maluca?
Bem, meu marido foi atendido e socorrido por um médico aparentemente
metrossexual.
Sabem o que é um metrossexual?
É um novo tipo de homem das grandes metrópoles. Não é exatamente gay (pode
até ser gay, mas nunca bicha louca), nem é machão (odeiam o machismo).
Apreciadores de mulheres, porém não desgostam de homens. Cultuam a beleza e
o prazer.
Curtem se depilar, fazer sobrancelha, usar t-shirts apertadinhas, calças de
cintura baixa, roupas de grifes famosas. Extremamente vaidosos com os
cabelos, unhas e tudo mais. Questão de estilo no vestir, no pensar, no agir.
Pois é, o cara que salvou a vida do meu marido faz bem esse tipo.
Não era para eu ter reparado, né? Tinha que ter ficado ligada direto na
possibilidade da morte. Afinal, o sofrimento foi feito para superar o riso.
Bem, o doutor metrossexual é um mestre em sua profissão, um puta
cardiologista e elegantérrimo (elegantíssimo é coisa de macho).
Soube tomar todas as iniciativas nas horas certas, foi perfeito em sua
intervenção.
Eu? Olhei em princípio com cautela, quase desconfiança, aquele homem tão
novo e tão vaidoso. Confesso que pensei: “Tu é gay, tu é gay que eu sei.”
Ele, após ter colocado meu marido na UTI, chamou-me para conversar.
Desabei na hora. “Chorei, chorei até ficar com dó de mim!” Eu e ele ficamos
com dó da Rosa. Como o plantão estava para terminar, ele resolveu ficar mais
um pouco.
Ele, calmo e cheiroso; eu, estressada e sem tomar banho.
Conversamos muito e muito. Sobre doenças cardíacas, sobre doenças da alma.
Nos despedimos com um abraço. Meu anjo da guarda, talvez. Assim decretei e a
ele participei.
No dia seguinte, quando voltei, esperei que ele chegasse e tive a sensação
de reencontrar um amigo já íntimo. Anoitecia e o plantão dele seria noturno.
Novamente começamos a bater papo, sobre mentes e corações, com leves
interrupções da rotina hospitalar.
Minhas unhas ruídas, as dele polidas. Eu não conseguia falar baixinho, quase
gritava, ele apenas sussurrava. Ele sorria, eu chorava. Ele comia, eu
jejuava.
Kadu (apelido dele) foi meu companheiro nesta jornada de oito dias que hoje
parecem oito anos.
E fomos almoçar juntos para ver se eu engolia algo. Tomamos mil cafezinhos,
falamos de moda, violência, música, cinema, estresse. Tínhamos ídolos em
comum: Al Pacino, Ghandi, Chico Buarque. Todos na nossa lista. Sonhos
parecidos, vícios semelhantes. Nós dois tomamos frontal; nós dois torcemos
pelos bandidos num monte de filmes; nós dois choramos pra burro em
“Sociedade dos Poetas Mortos”; nós dois somos loucos pelo George Harrison.
No último dia da UTI, sabíamos que nossa intimidade acabaria ali. Coisas de
confessionário. Amigos de viagem, que juram eternidade e partem de nossas
vidas sem despedidas. Um tchau, a gente se vê por aí...
Mundos diferentes em almas semelhantes. Desejos parecidos em corpos
diferentes, uma década nos separando nas vivências. Eu com histórias
sofridas, ele com histórias a sofrer.
Comparsas por uma semana no tal jogo da vida. Saímos vitoriosos.
Último cafezinho confidente. Pergunto a ele de repente:
— Você é gay?
— Aparento?
— Um pouco, de tão belo, arrumado e sensível. Meu preconceito induziu-me a
concluir.
— Sentiu o quê?
— Que sou babaca.
— Babaca é o discurso machista que molda os comportamentos entre os sexos.
— Elegante, intuitivo, emotivo e bonito. Pode parar!
— Vai se apaixonar?
— Se já não fosse, sim.
— Ia perder seu tempo.
— Sou feia?
— Não
— Chata?
— Não.
— Então?
— Anjos não têm sexo, mas um “Alberto” me faz quebrar a regra.
— Seja feliz, promete?
— Seremos, prometemos?
(Rosa Pena)
quinta-feira, agosto 25, 2005
SABEDORIA INFANTIL
O famoso colunista da CBS, Dan Rather, estava a bordo de um avião, indo de Washington para Los Angeles.
A seu lado, notou um garoto de uns 10 anos, de óculos, com ar sério e compenetrado.
Assim que o avião descolou, o garoto abriu um livro, mas Dan Rather puxou conversa:
"Ouvi dizer que o vôo fica mais curto se a gente conversa com o passageiro ao lado. Gostaria de conversar comigo?".
O garoto fechou calmamente o livro e respondeu:
"Talvez seja interessante. Que tema o Sr. gostaria de discutir?"
"Ah, que tal política? Você acha que devemos reeleger Bush ou dar uma chance ao Kerry?"
O garoto suspirou e replicou:
"Pode ser um bom tema, mas antes preciso lhe fazer uma pergunta".
"Então manda!", encorajou Rather.
"Cavalos, vacas e cabritos comem a mesma coisa, capim, grama, ervas, concorda?"
"Sim", disse Rather.
"No entanto, cabritos excretam bolinhas, vacas largam placas de esterco e os cavalos grandes pelotas... Qual a razão para isto?"
Dan Rather pensou por alguns instantes, mas confessou que não sabia a resposta.
O garoto concluiu:
"Então como o senhor se sente qualificado para discutir quem deve governar os Estados Unidos, se não entende de me_rda nenhuma?"
A seu lado, notou um garoto de uns 10 anos, de óculos, com ar sério e compenetrado.
Assim que o avião descolou, o garoto abriu um livro, mas Dan Rather puxou conversa:
"Ouvi dizer que o vôo fica mais curto se a gente conversa com o passageiro ao lado. Gostaria de conversar comigo?".
O garoto fechou calmamente o livro e respondeu:
"Talvez seja interessante. Que tema o Sr. gostaria de discutir?"
"Ah, que tal política? Você acha que devemos reeleger Bush ou dar uma chance ao Kerry?"
O garoto suspirou e replicou:
"Pode ser um bom tema, mas antes preciso lhe fazer uma pergunta".
"Então manda!", encorajou Rather.
"Cavalos, vacas e cabritos comem a mesma coisa, capim, grama, ervas, concorda?"
"Sim", disse Rather.
"No entanto, cabritos excretam bolinhas, vacas largam placas de esterco e os cavalos grandes pelotas... Qual a razão para isto?"
Dan Rather pensou por alguns instantes, mas confessou que não sabia a resposta.
O garoto concluiu:
"Então como o senhor se sente qualificado para discutir quem deve governar os Estados Unidos, se não entende de me_rda nenhuma?"
Vai um empurrãozinho
Um milionário promove uma festa em uma de suas mansões e, em determinado momento, pede que a música pare e diz, olhando para a piscina onde cria crocodilos, australianos:
- Quem pular na piscina, conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado ganhará todos os meus carros.
- Alguém se habilita?·
Espantados, os convidados permanecem em silêncio e o milionário insiste:
- Quem pular na piscina, conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado ganhará meus carros e meus aviões.
- Alguém se habilita? O silêncio impera e, mais uma vez, ele oferece:
- Quem pular na piscina, conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado ganhará meus carros, meus aviões e minhas mansões.
Neste momento, alguém salta na piscina. A cena é impressionante.
Luta intensa, o destemido se defende como pode, segura a boca crocodilos com pés e mãos, torce o rabo dos répteis.
Nossa! Muita violência e emoção. Parecia filme do Crocodilo Dandy!
Após alguns minutos de terror e pânico, sai o corajoso homem, cheio de arranhões, hematomas e quase despido.
O milionário se aproxima, parabeniza-o e pergunta:
- Onde quer que lhe entregue os carros?
- Obrigado, mas não quero seus carros.
Surpreso, o milionário pergunta:
- E os aviões, onde quer que lhe entregue?
- Obrigado, mas não quero seus aviões.
Estranhando a reação do homem, o milionário pergunta:
- E as mansões?
- Eu tenho uma bela casa, não preciso das suas. Pode ficar com elas.
- Não quero nada que é seu.
Impressionado, o milionário pergunta:
- Mas se você não quer nada do que ofereci, o que quer então?
E o homem respondeu irritado:
- ACHAR O FILHO DA MÃE QUE ME EMPURROU NA PISCINA!
Moral da História:
SOMOS CAPAZES DE REALIZAR MUITAS COISAS QUE POR VEZES NÓS MESMOS NÃO ACREDITAMOS, BASTA UM EMPURRÃOZINHO. EM CERTO CASOS, UM FILHO DA MÃE, É ÚTIL EM NOSSA VIDA.
- Quem pular na piscina, conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado ganhará todos os meus carros.
- Alguém se habilita?·
Espantados, os convidados permanecem em silêncio e o milionário insiste:
- Quem pular na piscina, conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado ganhará meus carros e meus aviões.
- Alguém se habilita? O silêncio impera e, mais uma vez, ele oferece:
- Quem pular na piscina, conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado ganhará meus carros, meus aviões e minhas mansões.
Neste momento, alguém salta na piscina. A cena é impressionante.
Luta intensa, o destemido se defende como pode, segura a boca crocodilos com pés e mãos, torce o rabo dos répteis.
Nossa! Muita violência e emoção. Parecia filme do Crocodilo Dandy!
Após alguns minutos de terror e pânico, sai o corajoso homem, cheio de arranhões, hematomas e quase despido.
O milionário se aproxima, parabeniza-o e pergunta:
- Onde quer que lhe entregue os carros?
- Obrigado, mas não quero seus carros.
Surpreso, o milionário pergunta:
- E os aviões, onde quer que lhe entregue?
- Obrigado, mas não quero seus aviões.
Estranhando a reação do homem, o milionário pergunta:
- E as mansões?
- Eu tenho uma bela casa, não preciso das suas. Pode ficar com elas.
- Não quero nada que é seu.
Impressionado, o milionário pergunta:
- Mas se você não quer nada do que ofereci, o que quer então?
E o homem respondeu irritado:
- ACHAR O FILHO DA MÃE QUE ME EMPURROU NA PISCINA!
Moral da História:
SOMOS CAPAZES DE REALIZAR MUITAS COISAS QUE POR VEZES NÓS MESMOS NÃO ACREDITAMOS, BASTA UM EMPURRÃOZINHO. EM CERTO CASOS, UM FILHO DA MÃE, É ÚTIL EM NOSSA VIDA.
quarta-feira, agosto 24, 2005
Convite da Loucura
A Loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa. Todos os convidados foram.
Após o café, a Loucura propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Esconde-esconde? O que é isso? - perguntou a Curiosidade.
- Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até cem e vocês se escondem.
Ao terminar de contar, eu vou procurar, e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça.
-1,2,3,... - a Loucura começou a contar.
A Pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer. A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. A Alegria correu para o meio do jardim. Já a Tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder. A Inveja acompanhou o Triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra. A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo. O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava no noventa e nove.
- CEM! - gritou a Loucura. - Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não agüentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar. Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para melhor se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou:
- Onde está o Amor?
Ninguém o tinha visto. A Loucura começou a procurá-lo.
Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer. Procurando por todos os lados, a Loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito. Era o Amor, gritando por ter furado o olho com um espinho. A Loucura não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu segui-lo para sempre. O Amor aceitou as desculpas.
Hoje, o Amor é cego e a Loucura o acompanha sempre.
Após o café, a Loucura propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Esconde-esconde? O que é isso? - perguntou a Curiosidade.
- Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até cem e vocês se escondem.
Ao terminar de contar, eu vou procurar, e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça.
-1,2,3,... - a Loucura começou a contar.
A Pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer. A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. A Alegria correu para o meio do jardim. Já a Tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder. A Inveja acompanhou o Triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra. A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo. O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava no noventa e nove.
- CEM! - gritou a Loucura. - Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não agüentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar. Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para melhor se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou:
- Onde está o Amor?
Ninguém o tinha visto. A Loucura começou a procurá-lo.
Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer. Procurando por todos os lados, a Loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito. Era o Amor, gritando por ter furado o olho com um espinho. A Loucura não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu segui-lo para sempre. O Amor aceitou as desculpas.
Hoje, o Amor é cego e a Loucura o acompanha sempre.
Amam-no e mais do que aquilo que pensa
Talvez tenhamos de encontrar várias pessoas antes de encontrarmos a alma gémea. E quando isso acontece, o nosso coração transborda de alegria e de reconhecimento.
Quando a porta da felicidade se fecha, abre-se uma outra, mas, muitas vezes, estamos de tal maneira hipnotizados pela porta fechada que nem sequer vimos aquela que acabou de se abrir para nós.
Se conseguir sentar-se com um amigo sob um alpendre, em silêncio, e a seguir voltar a pensar nesse momento como se fosse a melhor conversa que teve, então encontrou um amigo verdadeiro.
É verdade que não apreciamos o que temos no seu justo valor até ao momento em que nos é retirado. Mas também é verdade que não sabemos o que nos faltou... até o possuirmos!
Quando oferece todo o seu amor nunca tem a certeza de que os outros, por sua vez, o amarão. Nunca antecipe encontrar nos outros um amor comparável ao seu.
Deixe simplesmente crescer o amor nos seus corações, e se isso não acontecer, alegre-se de o sentir crescer dentro de si.
Pense nisto: há outros que o amam, e muito mais do que aquilo que pensa.
Ser atraído pelo outro mal leva um minuto, apreciá-lo leva uma hora, e amá-lo pode levar um dia... mas é necessária uma vida inteira para esquecê-lo.
Não procure a aparência, porque é muitas vezes enganadora.
Não procure a fortuna, porque acaba por perder a sua importância.
Procure antes aquele ou aquela que o faz sorrir, porque basta um sorriso para iluminar um dia.
Encontre aquele ou aquela que faz sorrir o seu coração.
Há momentos na vida em que aquele que amamos nos faz tanta falta que gostaríamos de o fazer sair dos nossos sonhos e beijá-lo realmente!
Sonhe o que deseja sonhar, vá onde quiser, seja o que deseja ser... Talvez só tenha esta vida para fazer tudo o que tem vontade de fazer... Agarre a sua oportunidade!
Que consiga ter venturas suficientes para o tornar terno, experiências suficientes para o tornar forte, pesares suficientes para o tornar mais humano, esperanças suficientes para o tornar mais feliz.
Não se esqueça de se colocar no lugar do outro. Assim, se o que se passa o magoa, o mesmo se passa, sem dúvida, para o outro.
As pessoas mais felizes não são aquelas que têm o melhor de tudo, são aquelas que tiram o melhor daquilo que lhes é dado.
A verdadeira felicidade existe para aqueles que sabem chorar, sofrer, para aqueles que procuraram e aqueles que tentaram e voltaram a tentar porque só eles podem apreciar a importância dos aliados, dos amigos, dos amores que passaram pela sua vida.
O amor começa com um sorriso, cresce com um beijo e acaba com uma lágrima.
O futuro mais brilhante vai sempre ao lado de um passado aceite e esquecido, porque não pode sentir-se bem na vida enquanto continuar embaraçado pelos seus fracassos passados e os seus pesares.
Quando nasceu, chorava, e todos à sua volta sorriam. Viva a sua vida de tal forma que, quando morrer, seja aquele que sorri e que à sua volta todos chorem.
Quando a porta da felicidade se fecha, abre-se uma outra, mas, muitas vezes, estamos de tal maneira hipnotizados pela porta fechada que nem sequer vimos aquela que acabou de se abrir para nós.
Se conseguir sentar-se com um amigo sob um alpendre, em silêncio, e a seguir voltar a pensar nesse momento como se fosse a melhor conversa que teve, então encontrou um amigo verdadeiro.
É verdade que não apreciamos o que temos no seu justo valor até ao momento em que nos é retirado. Mas também é verdade que não sabemos o que nos faltou... até o possuirmos!
Quando oferece todo o seu amor nunca tem a certeza de que os outros, por sua vez, o amarão. Nunca antecipe encontrar nos outros um amor comparável ao seu.
Deixe simplesmente crescer o amor nos seus corações, e se isso não acontecer, alegre-se de o sentir crescer dentro de si.
Pense nisto: há outros que o amam, e muito mais do que aquilo que pensa.
Ser atraído pelo outro mal leva um minuto, apreciá-lo leva uma hora, e amá-lo pode levar um dia... mas é necessária uma vida inteira para esquecê-lo.
Não procure a aparência, porque é muitas vezes enganadora.
Não procure a fortuna, porque acaba por perder a sua importância.
Procure antes aquele ou aquela que o faz sorrir, porque basta um sorriso para iluminar um dia.
Encontre aquele ou aquela que faz sorrir o seu coração.
Há momentos na vida em que aquele que amamos nos faz tanta falta que gostaríamos de o fazer sair dos nossos sonhos e beijá-lo realmente!
Sonhe o que deseja sonhar, vá onde quiser, seja o que deseja ser... Talvez só tenha esta vida para fazer tudo o que tem vontade de fazer... Agarre a sua oportunidade!
Que consiga ter venturas suficientes para o tornar terno, experiências suficientes para o tornar forte, pesares suficientes para o tornar mais humano, esperanças suficientes para o tornar mais feliz.
Não se esqueça de se colocar no lugar do outro. Assim, se o que se passa o magoa, o mesmo se passa, sem dúvida, para o outro.
As pessoas mais felizes não são aquelas que têm o melhor de tudo, são aquelas que tiram o melhor daquilo que lhes é dado.
A verdadeira felicidade existe para aqueles que sabem chorar, sofrer, para aqueles que procuraram e aqueles que tentaram e voltaram a tentar porque só eles podem apreciar a importância dos aliados, dos amigos, dos amores que passaram pela sua vida.
O amor começa com um sorriso, cresce com um beijo e acaba com uma lágrima.
O futuro mais brilhante vai sempre ao lado de um passado aceite e esquecido, porque não pode sentir-se bem na vida enquanto continuar embaraçado pelos seus fracassos passados e os seus pesares.
Quando nasceu, chorava, e todos à sua volta sorriam. Viva a sua vida de tal forma que, quando morrer, seja aquele que sorri e que à sua volta todos chorem.
Pequeno diálogo numa ostreira
- Então, minha cara, não está lá com muito bom ar... Tem cá uma cara esta manhã. Está toda cinzenta!
- É verdade, não estou lá muito bem. Tenho uma dor, pesada e circular, no meu estômago.
- Ah! Não se aproxime de mim. A minha concha é tão uniforme, tão firme e a minha carne é tão apetitosa que não posso sofrer o contacto de uma ostra menos bela que eu. Já não lhe falo mais, minha senhora!
- Então, não me vai ajudar? Vai deixar-me à mercê dos caranguejos e do esquecimento? Estarei condenada a morrer sozinha nesta ostreira, com a barriga cheia de dores?
- Temo que sim, minha cara... Olhe! Está a ver! A mão do ostreicultor avança à superfície. Tenho a certeza de que veio por minha causa, sou tão bonita!
Mas a mão do ostreicultor apenas passou por cima da pequena pretensiosa para se apoderar directamente da ostra doente.
Ao fim de um quarto de hora, a mão voltou, transportando a ostra doente com uma infinita delicadeza. Voltou a colocá-la cuidadosamente no seu lugar.
- Pffff! Está a ver! Eu bem lhe disse que não era suficientemente bela para ele!
- É possível. Mas ele foi suficientemente bondoso para me aliviar. Já não tenho dores e ele parece tão contente:
dei-lhe uma pérola tão bela que ficou a olhar para ela com um olhar de amor.
"Temos de sofrer para sermos belos". Conhecemos bem esta frase. No entanto, aplicamo-la demasiadas vezes à nossa aparência exterior esquecendo que ela é pertinente para tudo o que é interior: o nosso sofrimento nunca é gratuito, também faz nascer belos frutos, dons, capacidades das quais nem sequer suspeitávamos.
- É verdade, não estou lá muito bem. Tenho uma dor, pesada e circular, no meu estômago.
- Ah! Não se aproxime de mim. A minha concha é tão uniforme, tão firme e a minha carne é tão apetitosa que não posso sofrer o contacto de uma ostra menos bela que eu. Já não lhe falo mais, minha senhora!
- Então, não me vai ajudar? Vai deixar-me à mercê dos caranguejos e do esquecimento? Estarei condenada a morrer sozinha nesta ostreira, com a barriga cheia de dores?
- Temo que sim, minha cara... Olhe! Está a ver! A mão do ostreicultor avança à superfície. Tenho a certeza de que veio por minha causa, sou tão bonita!
Mas a mão do ostreicultor apenas passou por cima da pequena pretensiosa para se apoderar directamente da ostra doente.
Ao fim de um quarto de hora, a mão voltou, transportando a ostra doente com uma infinita delicadeza. Voltou a colocá-la cuidadosamente no seu lugar.
- Pffff! Está a ver! Eu bem lhe disse que não era suficientemente bela para ele!
- É possível. Mas ele foi suficientemente bondoso para me aliviar. Já não tenho dores e ele parece tão contente:
dei-lhe uma pérola tão bela que ficou a olhar para ela com um olhar de amor.
"Temos de sofrer para sermos belos". Conhecemos bem esta frase. No entanto, aplicamo-la demasiadas vezes à nossa aparência exterior esquecendo que ela é pertinente para tudo o que é interior: o nosso sofrimento nunca é gratuito, também faz nascer belos frutos, dons, capacidades das quais nem sequer suspeitávamos.
terça-feira, agosto 23, 2005
Sócrates procura nina de alterne
NADA COMO UMA MULHER DA VIDA BEM INFORMADA!!!!!!!!!!!
SÓCRATES NO CAFÉ PHOTO
Sócrates entra no Café Photo, senta-se no balcão do bar ao lado de uma linda garota de ALTERNE e diz:
- Sou o Primeiro-ministro de Portugal, o preferido por maioria absoluta dos Eleitores e aclamado para resolver todos os seus problemas. Quanto você quer para passar uma noite comigo?
E ela responde:
- Se o Senhor conseguir fazer o seu pênis crescer como fez com o IVA, e mantê-lo duro como estão todos os portugueses, levantar minha saia como está fazendo com os IMPOSTOS, baixar minha calcinha como está fazendo com os SALÁRIOS, mudar de posição como mudou SEMPRE na sua vida política e me foder com tanto jeitinho como está FODENDO o Povo Português, É DE GRAÇA!!!
SÓCRATES NO CAFÉ PHOTO
Sócrates entra no Café Photo, senta-se no balcão do bar ao lado de uma linda garota de ALTERNE e diz:
- Sou o Primeiro-ministro de Portugal, o preferido por maioria absoluta dos Eleitores e aclamado para resolver todos os seus problemas. Quanto você quer para passar uma noite comigo?
E ela responde:
- Se o Senhor conseguir fazer o seu pênis crescer como fez com o IVA, e mantê-lo duro como estão todos os portugueses, levantar minha saia como está fazendo com os IMPOSTOS, baixar minha calcinha como está fazendo com os SALÁRIOS, mudar de posição como mudou SEMPRE na sua vida política e me foder com tanto jeitinho como está FODENDO o Povo Português, É DE GRAÇA!!!
O verdadeiro mal de Camões
"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"
Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns
anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor
repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
Análise do poema de uma aluna de 16 anos da Escola C+S da Rinchoa
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"
Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns
anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor
repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
Análise do poema de uma aluna de 16 anos da Escola C+S da Rinchoa
A barriga do padre
A barriga do padre crescia cada vez mais. Descartada a hipótese de
cirrose, os médicos concluíram por uma exploratória, já que não havia
razão para aquilo. A cirurgia mostrou que era mera acumulação de
líquidos e o problema foi sanado.
Estudantes resolveram intervir e quando o padre estava a acordar da
recuperação pós-cirúrgica colocaram-lhe um bébé nos seus braços.
O padre, espantado, perguntou o que era aquilo e os rapazes disseram
que era o que ele tinha na barriga.
Passado o espanto e tomado de ternura, o padre abraçou a criança e não
quis mais se separar. Como se tratava de um filho de mãe solteira que
morrera durante o parto, os rapazes envidaram todos os esforços para
que o padre ficasse com a criança.
Os anos passaram e a criança se transformou num homem que se formou em
medicina. Um dia o padre, já velhinho e sentindo que estava chegando
sua hora de partir, chamou o rapaz e disse:
"- Meu filho! Tenho o maior segredo do mundo pra te contar, mas tenho
medo que fiques chocado".
O rapaz, que já havia intuído de que se tratava, disse compreensivo:
"- Já sei. Adivinhei há muito tempo. O senhor vai me dizer que é meu pai".
"-Não, sou tua mãe! Teu pai é o bispo de Leiria".
cirrose, os médicos concluíram por uma exploratória, já que não havia
razão para aquilo. A cirurgia mostrou que era mera acumulação de
líquidos e o problema foi sanado.
Estudantes resolveram intervir e quando o padre estava a acordar da
recuperação pós-cirúrgica colocaram-lhe um bébé nos seus braços.
O padre, espantado, perguntou o que era aquilo e os rapazes disseram
que era o que ele tinha na barriga.
Passado o espanto e tomado de ternura, o padre abraçou a criança e não
quis mais se separar. Como se tratava de um filho de mãe solteira que
morrera durante o parto, os rapazes envidaram todos os esforços para
que o padre ficasse com a criança.
Os anos passaram e a criança se transformou num homem que se formou em
medicina. Um dia o padre, já velhinho e sentindo que estava chegando
sua hora de partir, chamou o rapaz e disse:
"- Meu filho! Tenho o maior segredo do mundo pra te contar, mas tenho
medo que fiques chocado".
O rapaz, que já havia intuído de que se tratava, disse compreensivo:
"- Já sei. Adivinhei há muito tempo. O senhor vai me dizer que é meu pai".
"-Não, sou tua mãe! Teu pai é o bispo de Leiria".
Sociedade de consumo
- Boa Tarde!
- Tarde....Diga
- Queria uma água com gás
- Fresca ou natural?
- Fresca.
- Com ou sem sabor?
- Pode ser de limão.
- Frieze limão, Castelo Bubbles, Carvalhelhos limão?
- Sei lá, traga-me uma qualquer...Frieze
- Frieze limão já acabou....Pode ser morango, tangerina ou maracujá?
- Esqueça...traga-me umas Pedras.....
- Fresca ou natural?
- Fresca.....
- Com ou sem limão?
- Sem
- Normal ou levíssima?
- Quem?
- Normal ou uma nova que saiu, que é mais leve....
- Ó meu amigo, traga-me uma Bohemia e esqueça o resto....
- Sagres Bohemia não temos. Só temos normal, Preta e Zero
- Então traga uma Superbock
- Garrafa ou imperial?
- Garrafa.
- Superbock normal, Green, Twin ou Stout?
- Fo-se... já perdi a sede... xau!! ...
- Tarde....Diga
- Queria uma água com gás
- Fresca ou natural?
- Fresca.
- Com ou sem sabor?
- Pode ser de limão.
- Frieze limão, Castelo Bubbles, Carvalhelhos limão?
- Sei lá, traga-me uma qualquer...Frieze
- Frieze limão já acabou....Pode ser morango, tangerina ou maracujá?
- Esqueça...traga-me umas Pedras.....
- Fresca ou natural?
- Fresca.....
- Com ou sem limão?
- Sem
- Normal ou levíssima?
- Quem?
- Normal ou uma nova que saiu, que é mais leve....
- Ó meu amigo, traga-me uma Bohemia e esqueça o resto....
- Sagres Bohemia não temos. Só temos normal, Preta e Zero
- Então traga uma Superbock
- Garrafa ou imperial?
- Garrafa.
- Superbock normal, Green, Twin ou Stout?
- Fo-se... já perdi a sede... xau!! ...
segunda-feira, agosto 08, 2005
Insensatez
Ah, insensatez que você fez
coração mais sem cuidado
fez chorar de dor o seu amor
um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração, quem nunca amou
Não mereci ser amado
Vai, meu coração, ouve a razão
usa só sinceridade
Quem semera vento, diz a razão
colhe sempre tempestade
Vai meu coração, pede perdão
Perdão apaixonado
Vai, porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado
[Vinícius de Moraes]
coração mais sem cuidado
fez chorar de dor o seu amor
um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração, quem nunca amou
Não mereci ser amado
Vai, meu coração, ouve a razão
usa só sinceridade
Quem semera vento, diz a razão
colhe sempre tempestade
Vai meu coração, pede perdão
Perdão apaixonado
Vai, porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado
[Vinícius de Moraes]
Elegia
Nem os
dias longos me separam da tua imagem.
Abro-a no espelho de um céu monótono, ou
deixo que a tarde a prolongue no tédio dos
horizontes. O perfil cinzento da montanha,
para norte, e a linha azul do mar, a sul,
dão-lhe a moldura cujo centro se esvazia
quando, ao dizer o teu nome, a realidade do
som apaga a ilusão de um rosto. Então, desejo
o silêncio para que dele possas renascer,
sombra, e dessa presença possa abstrair a
tua memória.
Nuno Júdice
dias longos me separam da tua imagem.
Abro-a no espelho de um céu monótono, ou
deixo que a tarde a prolongue no tédio dos
horizontes. O perfil cinzento da montanha,
para norte, e a linha azul do mar, a sul,
dão-lhe a moldura cujo centro se esvazia
quando, ao dizer o teu nome, a realidade do
som apaga a ilusão de um rosto. Então, desejo
o silêncio para que dele possas renascer,
sombra, e dessa presença possa abstrair a
tua memória.
Nuno Júdice
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